“Memórias do Convento de Santa Clara-a-Velha” – 25 janeiro 2025, 16 horas, Auditório do Convento


No próximo dia 25 de Janeiro vamos recuar ao século XIV pela mão do Professor Jorge de Alarcão. O nosso convidado irá centrar-se nas “Memórias do Convento de Santa Clara-a-Velha”, convento que a Rainha D. Isabel fundou no sítio de um anterior mosteiro e junto do qual instalou também um paço e um hospício. Estes espaços e as suas vivências, por onde passaram reis e rainhas, freiras e outras “mulheres públicas”, mas também o teatro vicentino na sala onde antes se consumara o assassínio de Inês de Castro, podem ser abordados com distintos olhares.

Neste ano, em que também se comemoram os 400 anos da canonização da Rainha D. Isabel, irá prevalecer na conferência promovida pela Universidade Popular de Coimbra / Ateneu de Coimbra o olhar científico do arqueólogo e historiador.

A entrada é livre.

MEMÓRIAS DO CONVENTO DE SANTA-CLARA-A-VELHA

O convento fundado pela Rainha D. Isabel foi construído no local de um anterior mosteiro instituído por D. Mor Dias.

Por razões que explicaremos, o mosteiro de Santa Cruz contestou esta fundação de D. Mor Dias e promoveu ataques ao convento que ela tinha fundado, obrigando as freiras a abandonarem-no. O lugar tornou-se, diz um cronista, “acolhimento de homens maus e de mulheres públicas e sem vergonha”.

A rainha D. Isabel tomou posse do lugar e a partir de 1318 começou a edificar novo convento, junto do qual instalou um paço e um hospício.

Há cerca de 100 anos, António de Vasconcelos imaginou como seriam o paço e o hospício. A sua proposta tem sido seguida, mas tem de ser revista.

No paço foi morta D. Inês de Castro. E na sala onde se consumou a execução levou Gil Vicente à cena uma das suas comédias, perante D. João III e a sua corte. O Rei estava então de visita a Coimbra, onde se demorou alguns meses.

O paço ruiu em 1559 e nunca mais foi reconstruído.

As cheias do Mondego foram alagando o convento e as freiras mudaram-se em 1667 para o novo edifício construído no alto de Santa Clara.

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