Curso “A Música – protagonista da História” – Lição n.º 4

A quarta lição do curso terá lugar no dia 28 de março de 2025, às 18 horas, na Sala Jorge Pais de Sousa, Cena Lusófuna – Pátio da Inquisição. As inscrições no curso estão a decorrer até 3 de março.


Música popular – do canto da seara à partitura
O canto primeiro terá sido o da função, o da premência em traduzir existires e urgências em sons. E esses sons primeiros foram gerando mais sons, como sempre faz a Natureza quando se constitui ninho do que houver, e assim andaram milénios até serem canto de aboiar, toada de festa ou diálogo com o Além. Pois se aos idiomas foram dadas responsabilidade de Pátria, por igual medida aos sons couberam tais pergaminhos. Tanto, que nos hinos se acolheram e nos cantos populares que os compositores da música chamada clássica tomaram para si para que se soubesse a que História pertenciam. É disto que se falará: de quanta música de mexer a terra foi enformar muita música a que chamamos “clássica” e que é, tantas vezes, a reinvenção da música do chão da Humanidade.

As inscrições no curso estão a decorrer até 3 de março, podendo ser feitas aqui.

Manuel Pires Rocha orientará esta lição

Manuel Pires Rocha

Nasceu em Coimbra, em 1962. Diplomado pela Escola Estatal de Música Gnessin, de Moscovo. Docente, desde 1988, no Conservatório de Música de Coimbra (tendo ali exercido funções de director entre 2005 e 2017).
Realizou trabalhos como músico, sobretudo em música popular, com nomes como Brigada Victor Jara (que integra desde 1977), Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, Fausto, Vitorino, José Medeiros, Mísia, Filipa Pais, Carlos do Carmo, entre muitos outros.

Paralelamente, realizou trabalhos diversos, em diferentes áreas, de que destaca a série de documentários para a RTP sobre a música popular portuguesa, realizados a partir da série de Michel Giacometti e Alfredo Tropa “Povo que Canta”, tendo colaborado, como músico, com grupos de teatro e participando em bandas sonoras para cinema e televisão.
Integrou grupos de trabalho do Ministério da Educação para a reforma do Ensino Artístico Especializado. Participou, por indicação do Ministério da Cultura no grupo de trabalho da Comissão Europeia responsável por definir “O papel das instituições artísticas e culturais na promoção de um melhor acesso e de uma participação mais ampla na cultura. Sinergias entre a cultura e a educação, especialmente educação artística”.
Integrou, por indicação do Ministério da Educação, a Comissão Executiva do Projeto Meridiano, responsável pela criação de uma plataforma digital de divulgação da música portuguesa e a Comissão Administrativa Provisória (instaladora) do Conservatório de Música de Loulé. Realiza frequentemente trabalho de divulgação musical junto de públicos escolares.

Apoios: Câmara Municipal de Coimbra | Cena Lusófona | Conservatório de Música de Coimbra

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